terça-feira, 29 de junho de 2010

HISTÓRICO DE SÃO PAULO

Saulo de Tarso, cognominado Paulo, desempenhou um papel decisivo na origem do cristianismo. Seu extraordinário encontro com Jesus ressuscitado, cujos discípulos ele perseguia em nome das autoridades religiosas de seu tempo, o fez compreender que Deus, que lhe falava ao coração, exigia dele uma consagração total para levar o anúncio da salvação a todos os povos.
A partir desse momento tornou-se um homem de Deus, não mais da sinagoga, nem mesmo, a bem dizer, da Igreja, embora tenha sido sempre fiel a Jesus, que reconhecia presente na comunidade dos discípulos, presidida pelos apóstolos, em particular por Pedro.
A compreensão do papel de Paulo, como profeta da Nova Aliança, é fundamental para a compreensão da Igreja. Mais do que simples religião instituída por Jesus e confiada à autoridade dos apóstolos, a Igreja é o corpo vivo de Cristo, animado pelo Espírito, comunhão de todos aqueles que colocam Deus e o amor acima de tudo, até mesmo acima das formas que as práticas, as doutrinas, as leis e as instituições religiosas assumem necessariamente na história.
A devoção a Paulo, como, em geral, todas as devoções, destaca um aspecto da graça que lhe foi concedida e à qual correspondeu de maneira extraordinária, vindo a constituir um espelho da santidade de Deus, reconhecido e venerado pelos cristãos. Escolhemos, nesta novena, sua característica marcante de ser um homem de Deus, testemunha de Jesus, na liberdade do Espírito, consciente da relatividade da lei e da prioridade absoluta do amor. Demos, por isso, preferência aos textos dos Atos dos Apóstolos, que narram sua conversão, e a algumas passagens autobiográficas de seus dois escritos mais pessoais, a carta aos Gálatas e a segunda carta aos Coríntios.
Invocar Paulo é orar para que Deus-amor, na liberdade do Espírito, que foi a mola propulsora de toda a sua vida, seja também o princípio inspirador de nossa existência, como pessoas e como comunidades, para que sejamos, como Paulo o foi, verdadeiros homens.

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